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Louise Morgenstern
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Sobre Barbies e amadurecimento...

Em 2008 eu tinha 12 anos... Na época, meu único verdadeiro compromisso era estudar de manhã e brincar com minhas Barbies à tarde (sim, eu brinquei de Barbie até os 14 anos, me julguem!). E é engraçado pensar que, lá em 2008, eu costumava elaborar grandes roteiros para a "vida" das minhas Barbies e criava uma vida dos sonhos pra elas (vida dos sonhos de quem?). Roupas, casas, empregos, amigos, namorados, famílias... Tudo perfeito. Normalmente a personagem que eu interpretava com a Barbie era uma cantora e atriz, que trabalhava poucas horas por dia e ganhava muito por isso, tinha cachorros fofos, um namorado que também era famoso, uma casa de princesa e era popular e querida por todos. Hoje olho pra trás e penso que não atingi nenhum desses meus supostos "objetivos". Não me tornei cantora. Muito menos atriz. Sou apenas uma estudante de faculdade, que mora em um apartamento apertado (ou "apErtamento", como muita gente gosta de dizer) e que tem dinheiro contado pra cada coisa durante o mês. Como vocês podem perceber, não sou rica (na real, estou bem longe disso). E não tenho uma casa perfeita. Mas sabe de uma coisa? Quando você amadurece, percebe que a maioria das coisas que pareciam importar não importam mais. Você percebe que o que realmente importa são as experiências pelas quais você passa e as pessoas que você conhece no caminho. Eu posso dizer com peito inflado e um sorriso estampado no rosto que eu tenho uma família incrível, uma cachorra super fofa, os melhores amigos do mundo, um namorado que me faz feliz a cada dia e um cantinho pra chamar de meu. E eu não trocaria isso por nada. A vida de Barbie nenhuma da minha adolescência me causa inveja.


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