O garoto do ônibus...
Eu me lembro bem daquela época em que eu costumava assistir a vários filmes de comédias românticas e ficar sonhando com o namorado perfeito. Se você já viu ao menos um filme desse estilo na vida, deve entender sobre o que eu estou falando. Esses filmes têm aquela famosa tendência de, no começo, nos revelar uma protagonista que está atrás de algum cara que se encaixe nos padrões dela, desesperadamente. Quando ela finalmente acha alguém que parece encaixar, acontecem vários rolos na vida dela e ela descobre que ele não era tão perfeito assim. E aí, quando ela menos espera, quando ela já tinha desistido do amor, aparece “O” cara.
É aquela velha história do “quando você parar de procurar, você vai encontrar”. Para ser bem sincera, eu nunca acreditei muito nisso. Afinal de contas, pare e pense comigo: Se quando você está procurando já não acha, imagina deixar à mercê da sorte? Certo? Errado.
Se tem uma coisa que eu vivo dizendo tanto para meu melhor amigo quanto para as minhas melhores amigas é... “No momento em que vocês menos esperarem, a mágica vai acontecer”. Sei que é difícil acreditar nisso. Eles não acreditam, eu acho. Eu também não acreditava. Passei a vida toda vendo isso em filmes e pensando que “é coisa de filme”. Não existe na vida real.
Até o destino me provar o contrário. Sim, o destino. Essa palavra que assusta muitas pessoas. E que me assustava também. Acreditem quando eu digo que nunca fui exatamente do tipo que acredita em destino, sorte e essas coisas. E então eu conheci meu namorado.
Meu namorado que veio para provar que todas essas “baboseiras” (para alguns, claro) funcionam mesmo. Ele veio para provar que bastava eu parar de procurar. Durante mais de um ano, eu fiquei com aquele desejo de encontrar alguém especial. Procurei de todas as maneiras que eram possíveis para mim naquele momento. E então, quando eu tinha resolvido que era melhor esquecer tudo isso e deixar ao acaso, conheci um garoto no ônibus.
Depois, descobri que ele também era da Engenharia e que estava matriculado na mesma aula na faculdade. Descobri que tínhamos um amigo em comum, que nos apresentou oficialmente. Descobri que pegávamos todo dia o mesmo ônibus, no mesmo horário e na mesma parada, para ir e voltar da faculdade. Descobri que, na volta da aula, ele parava sempre na mesma padaria que eu. E também descobri que ele morava a uma quadra de distância da minha casa.
E você que não acreditava em destino, né? E isso não é tudo. Além de todas essas coincidências (será?) da vida, ele ainda conseguiu preencher todos os “quesitos” da minha lista imaginária de como um namorado perfeito deveria ser. Aliás, depois que conheci ele percebi que a minha lista era bem podre.
Bom, você deve estar se perguntando onde eu quero chegar com tudo isso... E o que eu quero dizer é: DESENCANEM. Se você ainda não encontrou a pessoa certa, não se preocupe. Ela está em algum lugar por aí e, quando chegar a hora certa, ela vai aparecer. E você vai saber que é ela, eu garanto. Não vale a pena ficar procurando e esquecer de viver sua vida. Eu me arrisco a dizer que, talvez, viver a vida é o que está faltando para você conhecer a tal pessoa.